quinta-feira, 24 de junho de 2010

Especial Planeta!

De volta depois de um longo e tenebroso inverno! E venho logo com uma campanha! Sim, eu adoro fazer jabá!

Bom, não é segredo que os skoobers de São Paulo e do Rio recebem, todos os meses, alguns livros da Planeta de presente. Essa editora está conosco desde o final do ano passado, sempre presente nos nossos encontros através dos seus livros. Ela já faz parte da história do Skoob! Então, nossa amiga querida e autora Janda Montenegro deu a ideia de homenagearmos essa editora que está sempre com a gente, lendo seus livros e resenhando, emprestando para nossos amigos fazerem o mesmo. E eu, como boa jabazeira, entrei na campanha! Sei que meu blog não é de grande visibilidade, mas esse post é minha humilde homenagem para a Planeta, por nos presentear com bons livros todos os meses!

PRIMEIRO LIVRO:

UM OTIMISTA INCORRIGÍVEL, de Michael J. Fox

Lição de Otimismo

Antes de começar minha resenha, devo confessar: quando esse livro caiu em minhas mãos, eu nem esperava lê-lo. Eu nunca tinha ouvido falar dele, e não tinha a menor intenção de ler. Mas, como eu tenho a (boa ou ruim?) mania de ler todo e qualquer livro que esteja ao meu alcance, decidi dar uma chance a ele. E não me arrependi. Desde as primeiras linhas você se depara com uma história leve, divertida, fácil e gostosa de ler. O autor te mostra as dificuldades da vida de um paciente de Parkinson, mas sem drama, sem apelação. Ele encara as coisas de forma otimista e esperançosa. Em vez de se fechar em seu problema (que não é nem um pouco fácil) ele dá a volta por cima para tentar encontrar a cura. E ele acaba se tornando um ícone na luta pela cura do Parkinson. A sua batalha é inspiradora... Na verdade, a sua força de vontade é que é inspiradora. Ele não descansa, e é bonito de ver isso no decorrer dos anos. Ele é uma prova de que as pessoas podem se reinventar a cada dia. O fim da sua brilhante carreira de ator não era o fim da sua vida. Era apenas o começo de mais uma brilhante jornada. E nesse caminho ele estava muito bem acompanhado por sua esposa Tracy, que me emocionou por ser um modelo de esposa - companheira, seus filhos, e amigos valiosos. Impossível não se emocionar com os diversos exemplos que ele cita ao longo do livro, principalmente a história de Christopher Reeve. É um livro para ser lido e sentido. E vivido a cada dia.

IMORTAL, várias
Amores vampirescos.
O novo livro de contos vampirescos organizado por P.C. Cast nos proporciona uma viagem fantástica pelo mito do vampiro muito mais amplo do que a série House of Night, da mesma autora. O livro também é voltado para o público adolescente, porém ele nos apresenta uma gama maior de variedades, nas visões diversas e muito criativas de oito autoras de sucesso. Já no Prólogo P.C. nos fala de modo envolvente e totalmente verdadeiro sobre a relação entre vampiros e adolescentes. Ela, como sempre, mostra-se entendida do assunto. Mas, vamos logo aos contos. Amei todos eles, pois cada um tem seu estilo próprio sem fugir do tema principal. Porém, tenho que destacar alguns entre todos. Livre, de Claudia Gray encerrou o livro com um gostinho leve e irresistível de Anne Rice. O calor de Nova Orleans, a época, a personalidade da protagonista Patricia e o fato de ela ser a primeira vampira negra que eu contemplo na literatura internacional só deixou a história mais interessante, e deliciosa. Foi uma adorável surpresa! Outro conto que me deixou presa foi Lua Azul, de Richelle Mead, que não me desapontou. A história é envolvente e dá vontade de saber mais. A fragilidade da protagonista, que tem sua vida nas mãos de um humano me deixou interessada, e o final... Dá tristeza ao saber que ela não continua nas próximas páginas! Sensação igual eu senti no conto: Perseguição de Um Homem Morto. Fiquei tão envolvida na história de Shane e Michael que vou procurar ler a série Morganville Vampires. Afinal, não é sempre que você vê a amizade verdadeira entre humanos e vampiros. Esses são meus favoritos, mas também devo citar a criatividade de Kristin Cast, ao relacionar vampiros às Fúrias gregas antigas; o surpreendente Amor Assombrado, onde nada é o que parece e que me fez nunca mais ouvir To Know Him Is To Love Him sozinha à noite...; Bons Modos à Mesa e sua história intrigante e charmosa; o conto de fadas soturno Farra, intenso e sombrio; Transformação, instigante, apaixonante e diferente em sua história de amor imortal única. Enfim, um livro que vale a pena, desde a linda capa, até a apresentação final das autoras feitas por P.C. Totalmente recomendado!

NOITE ETERNA, de Claudia Gray (resenha vencedora da Resenha Premiada)
Surpresa!!!
A primeira vez que eu li algo de Claudia Gray (pseudônimo da americana Amy Vincent) foi na coletânea Imortal, organizada por P.C. Cast e lançada aqui pela editora Planeta. Seu conto, Livre, é o último do livro, e fecha a sequência com chave de ouro. Me apaixonei pela história e fiquei ansiosa para ler mais livros da autora. Pouco tempo depois, eis que surge Noite Eterna. Logo que eu ganhei o novo livro, o devorei em poucos dias! A Claudia sabe como conduzir uma história. A cada final de capítulo, você fica louco para ler o próximo, e cria-se um círculo vicioso que te faz perder horas de sono. Os personagens são cativantes, a narrativa é intrigante, e a sequência de acontecimentos e reviravoltas faz com que a história não pare. Logo de cara eu gostei da Bianca, por sua simplicidade, sua "humanidade". Ela é uma garota como qualquer outra, como qualquer uma que você encontra por aí. Seus sentimentos, seu jeitinho, até mesmo se confundem com os nossos. Quem nunca foi tímido ao extremo, ou nunca sentiu como se não pertencesse a determinado local? Todos nós já experimentamos as dores e delícias de ser adolescente. E o Lucas, ao contrário, é o cara misterioso, que ninguém sabe de onde veio, para onde vai, quem é... E depois de várias conjecturas e fantasias que rodam em nossa cabeça, a Claudia nos dá uma reviravolta bombástica, vira tudo do avesso e nos deixa de queixo caído! Simplesmente nos faz de bobos. E isso é muito bom, ser surpreendido. Qual não foi minha surpresa, também, ao reencontrar Patricia, a personagem que tanto me encantou em Imortal? A bela vampira negra, uma das poucas que eu já vi na Literatura. E o melhor de tudo é revê-la em outra época, numa história totalmente diferente. Isso é ser versátil!Enfim, numa época quando histórias de vampiros pipocam por todos os lados, Noite Eterna é uma grata surpresa, com seu tempero próprio, que só lendo para saber. A série Evernight chegou para ficar! Recomendo! Mas, cuidado. É viciante...

CAÇADORA DE ESTRELAS, de Claudia Gray
Minhas impressões
Já esperava ganhar o segundo livro da série Evernight, de Claudia Gray. Só não esperava encontrar o que encontrei. A autora mostrou amadurecimento da história, e seu modo de narrar continua excelente, ou ainda melhor. Ela deu continuidade sem ser repetitiva, e com agilidade. As revelações continuam, e a cada livro eu me serpreendo mais com as novidades! O final deixou um gancho perfeito para a continuação, e me deixou super ansiosa pelo próximo! Uma boa e grata surpresa foi o crescimento do Balthazar na história, bem como o aparecimento de novos e intrigantes personagens. Fiquei totalmente de boca aberta durante a leitura em alguns momentos. Enfim, Claudia Gray está mostrando que veio para ficar no mundo dos livros. Que ela continue nos surpreendendo com essa boa história.

PAIXÃO ÍNDIA, de Javier Moro
Conto de fadas.
Foi ano retrasado que li esse livro, logo, não me lembro com muitos detalhes da história. Mas eu me lembro que foi uma bela história, um verdadeiro conto de fadas, e que aconteceu de verdade!A história é bem conhecida, até mesmo banal. Uma garota pobre que se apaixona por um príncipe. Existem milhares dessas por aí, mas essa é diferente. A garota é Ana Delgado, Anita, dançarina espanhola andaluza. O príncipe, mais do que isso, é o Rajá de Kapurthala, o equivalente a um rei do interior da Índia. Ele a vê num espetáculo na Espanha e se apaixona por ela, que recusa seu amor, por achar que ele só quer comprá-la. Mas, aos poucos ela vai cedendo e acaba casando com ele apesar de todas as dificuldades, inclusive o fato de o rajá ter mais quatro esposas. No meio do amor florescente dos dois, vemos a adaptação de Anita à cultura indiana e à nova realidade que a cerca.À medida que as páginas vão sendo viradas, percebemos o esfriamento do romance. O ódio das outras esposas por ela, a européia, branca, a princesa que todos amam pela simpatia e beleza, e um novo caso de amor inusitado: a paixão entre Anita e o filho mais velho do rajá, e a paixão do próprio rajá por uma dançarina inglesa. Da alegria, das cores, do amor e da novidade da nova cultura, somos levados para um ambiente mais sombrio, frio. É o fim do amor, do conto de fadas. Anita se entrega ao enteado e acaba voltando para a Europa, porém, continua sendo ajudada pelo rajá, que não deixa que nada lhe falte. O livro de Javier Moro, trazido para o Brasil pela editora Planeta nos traz um conto de fadas real, verdadeiro e, como a própria realidade em que vivemos, imperfeito. Essa é a beleza do romance do escritor espanhol.


AS MONTANHAS DE BUDA, de Javier Moro (livro que eu ganhei com a Resenha Premiada)

Viva o Tibete livre! Vida longa ao Dalai lama!

Uma das coisas que eu mais gosto em romances de não-ficção é quando eu aprendo mais sobre outras culturas. No livro de Javier Moro eu pude saber mais sobre a cultura e a história do Tibete, o país das neves, esquecido pelo resto do mundo, mas riquíssimo em termos de espiritualidade. A história do dalai lama é incrível e sem igual! O mais legal de ler livros que contam histórias reais é que, no meio do relato, você para e pensa: "caramba, mas isso tudo aconteceu de verdade!" Fico abismada toda vez que me lembro que Kinsom e Yandol viveram, e viveram para contar sua história pessoalmente a Javier Moro, que a compartilhou com o resto do mundo! Aliás, elas ainda vivem, pois toda essa odisseia aconteceu a poucos anos atrás! Essa história ainda existe, o Tibete ainda não está livre, o dalai lama ainda está exilado! E toda aquela tortura, morte, humilhações, tudo isso aconteceu a pouco tempo! E me descubro quase chorando em algumas passagens, em cenas de tortura, etc, inclusive numa parte em que ele diz que os chineses destruíram séculos de cultura tibetana junto com livros, esculturas, e outras coisas. Eles queimaram a biblioteca!! Eram ensinamentos milenares e foram consumidos pelo fogo! Não tem como não sentir ódio dos chineses depois de ler esse livro. Depois de ler sobre os anos de Kinsom e Yandol na prisão de Gutsa, e sua travessia do Himalaia a pé até a Índia (sim, eu disse a pé!) eu aprendi muitas coisas. Aprendi que ainda existem pessoas no mundo que lutam e morrem por seus ideais, que fazem um esforço sobre humano por aquilo em que acreditam. Com um final feliz e ao mesmo tempo triste, o livro é encerrado e te deixa com vontade de conhecer aquelas pessoas. Mas a história não acaba por ali, ela continua, e cabe a nós não deixar que ela seja esquecida, e que tenha seu merecido final feliz. Enfim, amei o livro de verdade, ele me tocou profundamente e me fez ficar com vontade de saber mais sobre o drama dos tibetanos. Minhas palmas e gratidões para Javier Moro, que contou para o resto do mundo uma história que estava esquecida, fadada a desaparecer sob as neves eternas do Himalaia.

Agora estou lendo O Sári Vermelho, também de Javier Moro (já deu pra perceber que eu adoro ele, né?) que eu ganhei da Planeta por causa da Resenha Premiada. Já estou para pedir emprestado Aurora Boreal e A Princesa do Gelo. E fica o convite para todos: leiam livros da Planeta!

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